Série: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Esta é uma série que eu fiquei curiosa para ler já faz um tempo, mas somente agora tive a oportunidade de comprar.
Na verdade já faz algumas semanas que fiz a leitura de toda a série, mas apenas agora fiquei animada para escrever sobre ela.
Quando o primeiro livro foi lançado, só pela sinopse ele não me atraiu muito, mas a capa e, principalmente, a lombada me animaram.
Eu simplesmente devorei os quatro livros em 4 dias, um atrás do outro, é uma leitura que flui que é uma beleza, a autora conseguiu me envolver em todo o drama de America Singer e conseguiu dar um ar dos contos de fadas, onde toda menina queria ser uma princesa.
No livro, nos deparamos com um mundo onde a América do Norte enfrentou problemas políticos e econômicos, e por isso é renomeada para Illéa, com um novo sistema político constituído por uma monarquia e um sistema de castas.
Ao contrário do sistema de castas da Índia, onde as pessoas não podem mudar seu status, o sistema de Illéa permite a mudança, seja comprando um status mais alto ou pelo casamento. E as castas são de acordo com números, sendo as castas 1 e 2 as mais altas, consideradas a nobreza e a classe alta.
No livro é contado em detalhes como as pessoas foram classificadas em cada casta, o que eu achei um detalhe muito importante para entender o sistema.
Illéia está passando por um período de guerras e intrigas políticas, e como no nosso mundo real, as pessoas no poder criam uma forma de fazer a população, desde a casta mais baixa até as mais altas, se distrair e assim camuflam toda a situação. Além de criar uma forma de esperança.
A forma que isto acontece é através da Seleção, este é um concurso onde 35 garotas de diversas províncias e castas do país são "sorteadas" para participarem de uma disputa para ser a nova princesa. A escolha final é do príncipe herdeiro, Maxon.
As escolhidas passam por alguns testes, são "treinadas" para o cargo, e quando solicitadas, passeiam ou fazem alguma atividade com o príncipe. E de tempos em tempos é televisionado todo o processo desde o "sorteio" das escolhidas até a decisão final do príncipe.
Ou seja, um reality show, que serve para entreter a população e dá ao mesmo tempo uma figura que representa cada casta, pois a próxima princesa pode ser de uma casta baixa, representando aqueles que nunca são notícia, ou são deixados de lado. Parece algo familiar?!
Todo o processo é cheio de picuinhas de garotas, ou seja, discussões, fofocas, formas de tentar aparecer mais, campanhas para garantir uma posição de destaque entre as selecionadas, garotas contando vantagens de seus encontros com o príncipe...A autora não fantasia muito, ela coloca muitos sentimentos misturados, o que nos deixa loucos algumas vezes com os personagens, eu amava num momento para depois odiar, uma montanha russa de emoções. O que é muito divertido num livro, pelo menos para mim.
Para apimentar o enredo, há triângulos amorosos, traições, ciúmes, inveja...tudo que me faz tremer de ansiedade para ver no que no vai dar no final.
Achei a America uma personagem verdadeira ao ponto de conseguir visualizá-la perfeitamente, ela tem seus desejos e ideais para o futuro, mas com A Seleção, ela se depara com mais dúvidas que certezas. Acho que me identifiquei com o sentimento de escolher entre o que já é conhecido, e algo que pode ser maravilhoso mas ao mesmo tempo duvidável. Pois este é algo com o qual todos nos deparamos, deixar algumas idealogias do passado e se preparar para um futuro que criamos com nossas próprias mãos.
A trilogia termina de uma forma que me deixou querendo um epílogo, nos contando como estaria o país de Illéa e os personagens por quem me apaixonei durante a leitura.
E o livro Contos da Seleção: O príncipe E O Guarda, deixaram me ver o ponto de vista dos personagens masculinos, gostei principalmente de saber o que Maxon pensava da Seleção e os suas primeiras impressões sobre as garotas. Me permitiu ver como ele tentava cuidar de "suas garotas" na medida do possível.
Maxon é um personagem muito maduro, assim como Aspen, os dois me cativaram, e realmente fiquei na dúvida de quem America iria escolher. Eu mesma fiquei dividida!
Agora mudando minha avaliação para uma questão mais técnico, pelas descrições no livro, eu não achei as fotos das capas relacionadas com os vestidos usados pela America, ou até mesmo o estilo de vestimenta da personagem.
Eu acho que a capa deveria ter contado uma história junto dos livros, por exemplo, o primeiro livro poderia ser uma garota de jeans e camiseta, mostrando os gostos de America, ao mesmo tempo mostrando como seria este ponto de partida na Seleção. Afinal o jeans é um começo para o relacionamento de Maxon e America.
As outras capas poderiam ter seguido as descrições dos vestidos que marcaram importância em cada livro, pois aí teríamos uma evolução tanto do enredo quanto da própria personagem logo na capa.
Quanto a diagramação, adorei a identidade visual da trilogia, a tipografia utilizada para A SELEÇÃO e a ilustração do que seria uma coroa em cima. As entradas de capítulo apresentam a ilustração da coroa, fazendo uma ligação gráfica com a identidade visual.
Toda a experiência da leitura até minha avaliação técnica foi muito divertida e me deixou com uma sensação de voltar a infância, onde queria ser uma princesa com vestidos bufantes e pesados....rs
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